Os parâmetros físicos tornam a decisão de ter um equipamento dedicado à purificação em uma questão prática. Automação, bombas, células de fluxo do detector, injetores, tubulações, colunas e coletores de frações — tudo isso precisa ser considerado ao preparar o sistema de purificação. Os sistemas modulares fornecem a máxima flexibilidade e são projetados de modo a permitir adaptações conforme as necessidades de rendimento aumentam.
O nível de automação é, frequentemente, baseado na rotina de trabalho e no orçamento do usuário. Geralmente, laboratórios de empresas iniciantes e universidades exigem um rendimento baixo e preferem sistemas manuais ou semiautomatizados. Já grandes empresas farmacêuticas ou de fabricação frequentemente utilizam sistemas automatizados de alto rendimento.
É necessário um pequeno computador para controlar a taxa de fluxo da bomba e a composição do solvente nos sistemas binário, ternário e quaternário, nos modos isocrático e de gradiente. O software do computador também registra as saídas do detector e do coletor de frações. Dependendo da complexidade do pacote de software, ele também pode ser utilizado para realizar simulações de desenvolvimento de métodos e processar dados.
O sistema de fornecimento de solvente ou bomba está no centro das separações cromatográficas. As bombas utilizadas para cromatografia devem fornecer uma taxa de fluxo sem pulso, exata, precisa e reprodutível, independentemente da compressibilidade do solvente. A escolha da bomba de purificação é feita com base na taxa de fluxo de destino, que varia de 0,5 mL/min, em uma purificação de escala pequena, a 150 mL/min ou mais em escalas maiores. As bombas podem misturar solventes sob condições de alta pressão (binárias) ou sob condições de baixa pressão (quaternárias).
Os módulos de gradiente binário podem misturar dois solventes diferentes, que se unem em uma câmara de mistura. Essa câmara é seguida por um amortecedor, um segundo misturador e uma válvula de purga. A composição do solvente resultante é definida pela diferença no fluxo fornecido por ambos os canais de solvente. As bombas de mistura de alta pressão são menos sensíveis a gases dissolvidos na fase móvel e, normalmente, não exigem a desgaseificação do solvente.
O resultado é uma bomba com um volume de sistema bastante reduzido, capaz de fornecer um desempenho preciso e equivalente em escalas analíticas e preparativas.
A bomba quaternária pode fornecer um gradiente de até 4 solventes diferentes e utiliza válvulas que abrem por curtos períodos. Essas válvulas permitem que pequenos volumes de diferentes solventes sejam misturados na proporção certa sob baixa pressão. Com essa estratégia de bombeamento, os gases dissolvidos podem se separar e formar bolhas, que podem causar problemas de compressão, injeção, separação e detecção posteriormente no caminho do fluxo. Portanto, as fases móveis devem ser desgaseificadas. Isso pode ser realizado utilizando desgaseificador em linha, difusão de hélio ou desgaseificação manual a vácuo. Essas bombas fornecem uma dosagem de solvente muito exata e precisa em todo o intervalo da taxa de fluxo especificado.
Carga da amostra |
Diâmetro interno da coluna |
Unidade de processamento de fluido |
Taxa de fluxo máxima |
µg-mg |
3,9-7,8 mm |
Bomba de HPLC binária 1525* |
10 mL/min |
µg-10s mg |
3,9-19 mm |
Bomba de HPLC binária 1525* e Kit EF (Fluxo estendido, Extended Flow) |
22,5 mL/min |
mg-10s mg |
3,9-50 mm |
Módulo de gradiente quaternário 2535 |
50 mL/min |
m-g |
4,6-50 mm |
Módulo de gradiente binário 2545* |
150 mL/min |
m-g |
4,6-50 mm |
Módulo de gradiente quaternário 2545 |
150 mL/min |
mg-10s g |
7,8-75 mm |
Módulo de gradiente quaternário 2555 |
300 mL/min |